Era Perdida RPG  

Escrito por Renan Biazotti, na seção

Olá, leitores.

Perdão por não ter publicado nada nesta sexta e sábado. Não tem nada com o ano novo. É muito mais interessante.

Consegui acertar uma negociação com a editora Revistaria Digital e vou começar a produzir o Era Perdida RPG.

O mundo de Meerã vai ser o cenário oficial desse novo RPG genérico que será lançado no Brasil agora em 2011.

Assim que tiver algo pronto, posto aqui e nas mídias sociais para que vocês possam acompanhar. A história de Meerã vai galgar novos ares a partir de agora.

Abraços.

Os primeiros e segundos - Parte I  

Escrito por Renan Biazotti, na seção

Ainda não se pôde precisar quando, mas houve que em certo momento da história dos mundos, a Treva se dividiu em pedaços insignificantes e nunca mais voltou a ser o que era no princípio. Suas partes foram divididas desigualmente por fragmentos de matéria cristalizadas, provenientes da luta do Mal contra si mesmo.

Então suas ínfimas partes encobriram o que um dia foi o maior companheiro da Treva, e assim impediram sua manifestação por toda a eternidade já vivida. Os fragmentos, quase imperceptíveis na vastidão do todo, existiram por milhões de anos até que, de forma ainda inexplicável, perderam a memória de que um dia já tinham sido apenas um.

Esqueceram de seu próprio começo e, desta forma, amaldiçoaram para sempre a sua existência e da mesma forma abençoaram o que viria a ser a Terra dos seres viventes de Meerã, o Fragmento Conhecido, na linguagem dos antigos. E foi assim que o tudo existente deixou de ser perfeito e tornou-se mutável.

Os fragmentos que viviam agora por si mesmos deixaram de circundar os pedaços de matéria flutuante e se aproximaram. Aproximaram-se tanto que tocaram aquela gigantesca pedra cinza e sem vida. E quando tocaram, nada aconteceu, pois lá não havia nada que tivesse vida. Apenas a energia dos fragmentos da Treva emanavam algo na imensidão do infinito.

Não é possível determinar o que significavam as ondas que partiam dos que seriam os primeiros seres que tocarem Meerã; mas certo é que essa energia refletiu a massa austera da cinza negra e retornou em forma de força de farta riqueza que modificou a essência da pequena partícula de Treva.

E ali passou a ser denominada ser, vivente, existente, pois ali deixou de ser apenas o que era, para se tornar o que viria a ser ao se relacionar com o mundo que habitaria eternamente.

Do Início - Parte III  

Escrito por Renan Biazotti, na seção


Pintura feita nos primeiros dias de Meerã, retrata o surgimento do mundo


E foi então que o inesperado aconteceu. Houve que o Mal tinha esquecido da Treva que havia subjugado, consumido e guardado no recanto mais protegido de seu âmago. E em uma das matérias que foram quebradas estava a pobre da Treva, que se viu livre depois de muito tempo.

E ela mudou e se tornou mais forte e sua vingança foi forte como se tivesse reunido todos os gritos emitidos pelo Mal em milhões de anos em um único sopro. O Mal estava dividido e pouco resistiu ao embate. Logo foi subjugado pela Treva, que o separou ainda mais e o trancafiou nas partes inertes, para que nunca mais pudesse sair.

Pensando em não cometer o mesmo erro do Mal, a Treva também se dividiu em partes minúsculas e enviou-as para guardar a matéria que era a jaula de seu maior e único rival. As partes minúsculas vagaram pela superfície das partes inertes e, até hoje, nunca permitiram que a essência de tudo aquilo que é ruim fosse libertada novamente.

A uma dessas partes inertes e materiais do Mal, deu-se o nome Meerã. E as infinitesimais segregações da Treva chamaram-nas Eamir.

Do Início - Parte II  

Escrito por Renan Biazotti, na seção

Mas o Mal não se conteve ao perceber que era a única coisa. Para ele, era preciso que existissem coisas a que subjugar e fazer sofrer, e então se despedaçou e brigou consigo mesmo, e quase o Nada voltou à história dos mundos.

E a parte vencedora do Mal seguiu a governar e o que restou das partes derrotadas virou coisa inerte a vagar pelo infinito. E as partes derrotas se cristalizaram com o tempo e se tornaram a primeira forma de matéria que já havia existido. E elas se espelharam pelo infinito e o Mal nunca mais as encontrou.

O governante então passou a procurá-las, emanando sua força que era refletida na matéria. Mais tempo se passou e os cristais inertes lapidaram-se em milhões de anos. Eles se modificaram com o tempo, de maneiras diferentes, dependendo de onde estavam quando receberam as forças emanadas pelo Mal. E ele prosseguiu com sua ira e gastou toda sua energia procurando os restos de quem havia derrotado.

As partes do próprio Mal que vagavam foram esfaqueadas por sua própria ira e, de tanto serem castigadas, lascaram e abriram no espaço se tornando partes ainda menores.

E o Mal que governava sentia dor a cada golpe que desferia em suas partes inertes e ficava ainda mais irritado e desferia gritos ainda mais fortes que o faziam arder ainda mais. E foi então que o inesperado aconteceu.

Do Início - Parte I  

Escrito por Renan Biazotti, na seção

Antes do início do mundo que conhecemos, havia apenas o Nada. E nele nada havia, além de escuridão e vazio. E assim foi durante milhões de anos, muito mais do que qualquer ser vivente pudesse imaginar.

E enquanto a escuridão e o vazio vagavam pelo Nada, houve um momento em que se encontraram, e deram origem à primeira coisa que existiu: a Treva. E dela surgiria todas as outras coisas, que mais tarde se transformariam, tornando forma e substância.

Mas antes que qualquer coisa pudesse tomar forma, a Treva tomou o lugar do Nada e reinou durante outros milhões de anos. E sozinha, era a única coisa que havia, mantendo em si própria tudo que precisava para existir.

Até que em certo momento, uma parte da Treva deu origem ao Mal, que com ela, seria o governante do que existia. E se a Treva era passiva, simples e imutável, o Mal era o contrário.

Agitado, descontente e arredio, o Mal logo possuiu a Treva e até os tempos presentes, acredita-se que os dois sejam a mesma coisa, chamando a Treva de Mal e o Mal de Treva, mas houve sim o momento em que a Treva era única e imutável e soberana.

Sobre o blog Era Perdida  

Escrito por Renan Biazotti, na seção

O blog Era Perdida foi a forma que encontrei de publicar os textos escritos sobre o mundo de Meerã, um cenário fantástico que pode ser usado por rpgistas brasileiros em suas campanhas, ou por aqueles que gostam de histórias épicas e ambientes antigos.

Este blog é atualizado diariamente com novas histórias, personagens, localidades e itens sempre na parte da noite. Serão publicados pequenos textos para facilitar a leitura. A página terá um sitemap que será atualizado constantemente para você encontrar tudo mais facilmente.

Devo avisar que não vou publicar parte referente ao sistema de jogo (para os jogadores de RPG). Quem quiser utilizar o mundo de Meerã em suas campanhas, devem adequar seus personagens e itens aos seus respectivos sistemas.

No mais, sejam bem-vindos!